Doença de Parkinson e sua relação com a cannabis

 

DR. JOÃO NORMANHA MÉDICO E PESQUISADOR NA ÁREA DA MEDICINA CANABINÓIDE

 

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O sistema endocanabinoide desempenha um papel regulador em vários processos fisiológicos e foi encontrado alterado em diferentes condições patológicas, incluindo distúrbios do movimento. As interações entre os canabinóides e a dopamina nos gânglios da base são notavelmente complexas e envolvem tanto a modulação de outros neurotransmissores (ácido γ­aminobutírico, glutamato, opioides, peptídeos) quanto a ativação de diferentes subtipos de receptores (receptores canabinóides tipos 1 e 2).

Nos últimos anos, estudos experimentais contribuíram para enriquecer este cenário, relatando interações entre os canabinóides e outros sistemas receptores (canal receptor catiônico potencial receptor vanilóide tipo 1, receptores de adenosina, receptores de 5­hidroxitriptamina). O conhecimento melhorado, A adição de nova interpretação sobre a interação bioquímica entre os canabinóides e outras vias de sinalização pode contribuir para o desenvolvimento de novas estratégias farmacológicas.

Vários estudos pré­clínicos em diferentes modelos experimentais de doença de Parkinson (DP) demonstraram que a modulação do sistema canabinóide pode ser útil no tratamento de alguns sintomas motores. Apesar de novos medicamentos baseados em canabinóides terem sido propostos para sintomas motores e não motores da DP, até agora, os resultados de estudos clínicos são controversos e inconclusivos. Estudos clínicos adicionais envolvendo amostras maiores de pacientes, alvos moleculares apropriados e medidas de resultados clínicos específicos são necessários para esclarecer a eficácia das terapias baseadas em canabinóides.

 

 

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