Para utilizarmos o extrato canábico como forma terapêutica, depois de realizado o processo de extração, temos como produto final um extrato altamente concentrado por canabinóides. A quantidade e variedade desses compostos variam muito, de acordo com a genética escolhida para o cultivo. Seria necessário um teste laboratorial, para podermos estimar a concentração dos diversos compostos.
Porém, como dito no post anterior, intitulamos de forma empírica, de acordo com observações e testes realizados em laboratórios de pesquisas, que esse concentrado derivado do extrato das plantas in natura, contém em sua composição 1 grama de THC em 1 ml do extrato, sendo assim um extrato puro. Claro, nesse mesmo ml existem outras variedades de canabinóides. Mas como o THC é o predominante e tem seus efeitos de potência bem acima dos demais, iremos titular os óleos caseiros nacionais de acordo com a quantidade de THC.
Mas como preconizado por inúmeras pesquisas ao redor do mundo, a maioria dos tratamento atuais com os canabinóides, variam a dosagem do THC entre 2 e 40 mg diários. Para que o uso da dose se torne mais prático, diluímos esse extrato, seja em óleos comestíveis, azeite, glicerina ou qualquer outro diluidor, de uma forma que possuiremos as frações dessas doses do extrato final.
Começa então a escolha da genética com a devida proporção THC / CBD para o melhor tratamento escolhido.
Colocando assim um exemplo, para o tratamento da insônia e distúrbios do sono, é usualmente escolhido uma genética 10 % THC 10 % CBD, sendo necessário em torno de 25 mg de THC para o devido tratamento. Tendo á posse, essas informações fica fácil estimar as doses desses canabinóides no produto final, sem a necessidade de sucessivos testes laboratoriais.
A preparação de 1000 gramas dessas flor in natura que possui 10 % THC na sua composição, resulta uma quantidade do extrato final com 100 gramas de THC.
Isso acontece também se for usado por exemplo 100 gramas de flor in natura, com a já conhecida porcentagem de THC que é de 10 % dessa genética específica, sendo assim o extrato final terá 10 gramas de THC puro e concentrado. Se diluírmos esse extrato final em 1000 ml de óleo, teremos então o extrato 1 %, contendo assim no produto final 10 mg THC por ml.
O paciente supracitado, para o seu devido tratamento no distúrbio do sono, precisaria de 2,5 ml ou 40 gotas do extrato 1% diários, podendo ser dividido em 2 ou mais doses, sem toxicidade e de eficácia comprovada.
Isso serve para todas as outras patologias envolvidas nos benefícios com o tratamento realizado pelo extrato canábico. Oque falta é um pouco de conhecimento e, claro, segurança por parte do médico e do paciente para poderem juntos, acompanharem a evolução do uso desse tratamento, sem preocupar com as questões jurídicas.
É claro que com a facilidade em obter a análise das amostras por laboratórios mais especializados, futuramente, poderemos obter uma variável de perda dessa quantidade da planta in natura para o extrato final, que mesmo sendo pouco segundo dizem os especialistas nesse tipo de extração, seria necessário termos mais experiência nesse quesito, para podermos estimar com mais clareza a quantidade de THC final.
Terapêutica Canabinoide 